Somos o que comemos....
A ideia tem mais de 2500 anos e talvez faça agora mais sentido do que nunca.
A relação entre obesidade, saúde oral, diabetes, osteoporose e cancro com aquilo que comemos é já uma evidência científica. Mas como podemos usar a alimentação a favor da nossa saúde? O que é uma alimentação funcional? O que é reeducação alimentar?
Se “as cenouras fazem olhos bonitos” é por que são ricas em nutrientes antioxidantes que ajudam a prevenir problemas de vista associados ao envelhecimento. Um estudo revelou também que mulheres que comam vegetais crucífero, como repolho, brócolos e couve-flor têm maior taxa de sobrevivência ao cancro da mama.
Associado a modernização e aos tempos desfavoráveis em termos económicos, houve mudanças significativas no padrão alimentar e no comportamento, prejudicamos diariamente a qualidade da nossa alimentação, incrementámos um maior consumo calórico e diminuímos a actividade física.
Além destes aspectos, nota-se que as pessoas deixaram de dar a devida atenção à alimentação, a qual passou a ser mais uma das actividades a serem realizadas durante o dia. Comer por comer, fast food e ou takeaway. Reserva-se normalmente o jantar para desfrutar de uma refeição mais tranquila, por isso, normalmente exageramos na quantidade de alimentos e nem sempre os mais recomendados para uma refeição que antecede o descanso nocturno.
Estatisticamente, verifica-se um aumento crescente de pessoas com excesso de peso nas diferentes faixas etárias e/ou classes sociais. O excesso de peso, é avaliado em graus, sendo que a obesidade, é um grau acentuado de excesso de peso, actualmente já é um problema de saúde pública não só em Portugal, como no mundo.
Neste contexto, convém lembrar que a prevenção é a melhor solução para todos os males e problemas, o papel dos nutricionistas é antes de tudo e de mais nada, auxiliar o paciente na detecção dos seus problemas e maiores dificuldades relacionadas com a alimentação e procurar alternativas e soluções.
A reeducação alimentar, é um método que procura ensinar conceitos relacionados com a boa nutrição, de forma a que gradualmente o paciente consiga incorporar novos hábitos alimentares na sua rotina. Trata-se de um processo lento e gradual, que varia de ritmo em função de cada pessoa.
Neste processo, o paciente tem que participar activamente e aprender a estruturar a sua rotina alimentar independentemente do contexto em que está inserido. É essencial promover a manutenção de suas preferências e evitar a monotonia.
Acredita-se que uma mudança no comportamento alimentar, baseada num processo de aprendizagem, é a forma mais efectiva para que as alterações se mantenham.
Uma dieta mal conduzida potencia uma série de problemas, entre eles destacam-se as deficiências de nutrientes importantes, bem como o engordar.
Durante todo o processo de reeducação alimentar, o paciente tem de ser submetido regularmente a uma Avaliação Nutricional, que permite controlar, de forma precisa, as modificações na composição corporal. Os nutricionistas normalmente dispõem de equipamento, bio impedância, que permite avaliar os três principais compartimentos corporais: gordura, massa magra e água corporal.
Este instrumento é utilizado para realizar o diagnóstico inicial e como método de acompanhamento e evolução.
Sabe-se que o nível de Gasto Metabólico é específico para cada pessoa e está relacionado com a faixa etária, estado de saúde, composição corporal, nível de actividade física diária, entre outros. Para esta análise, realizam a Colorimetria Indirecta em Repouso, que mede o consumo de oxigénio e libertação de gás carbónico permitindo a definição da Taxa Metabólica.
A mudança de comportamento é muito difícil e requer dedicação. Durante o tratamento o paciente é parte activa do processo e o sucesso esta intimamente relacionado com o compromisso e compreensão de todo o processo e conteúdo.
Alimentação saudável e exercício físico, faz de nós pessoas mais alegres, mais jovens, mais ricas!